Aterro me
enterro me
planto.
           Desfolho o verão
           floreço o outono.
Sou planta contrária
que nasce comprida
e morre semente,
envelhecendo até virar criança.
            Frutifico o inverno
            seco a primavera.
O passarinho que me mora
é amanhã minha morada,
e depois é o vento que levou seu canto.
Atiro me
espalho me
semeio.

Um comentário: