7 vezes antes de acordar correndo caiu no sono sentindo o olho vibrar viu no espelho a veia saltada na testa água fria encanada de manhã café doce pão com mortadela trancou o cadeado seguramente balançou a canela esquerda dor velha esperando o ônibus de sorriso feito pelo tempo rugas de pensamentos positivos olhos com fendas camisa de botão azul relojão prata envelope pardo careca grisalha passou a catraca seguiu o itinerário típico sol quente leseira seca no cerrado gente sentada em pé escorada suando pensando voando desceu na parada íntima sem faixa sem atentar ao que vinha justo hoje passei ali que nunca fui nem vi, mas vi sua veia na testa veia velha de preocupação de muito tempo pensando de expressão sentida e expelida da víscera a dor da ferida meu carro pegou o corpo leve velho solitário bateu no para-brisa trincou a cabeça caiu sem jeito chamei os bombeiros e estava vivo o velho era forte estava inconsciente como eu do choque entre vidas nos encontramos no fluxo das encarnações no fluxo das embarcações de rodas ao lado do cemitério seu sono tornou-se meu e suas quedas minhas as 7.

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