Tenho apenas duas mãos
e a feiura do mundo
que me pulsa as veias.
Escorrem desgostos
e o corpo transige no confluência do caos.
Na avenida larga
seis faixas de carro
da beira,
parece que parei pra esperar
um velho grande rio passar
Pra que tanta roda, meu deus? perguntam meus pulmões
porém minha pressa
não pergunta nada.
No meio do caminho tem a pedra
Tem a pedra no meio do caminho
No meio do caminho tem o desvio.
Eu não devia te dizer
mas esse sangue
mas esse escarro
botam a gente comovido como o diabo
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