Passa corpo

O peito aberto,
todo empatia ao mundo.
Vapor d'água
toca a todos, em tudo contém
a si o íntimo todo de coração.

Beira o abismado sem fundo poço.
Sapateia ao último respiro.
Termina a dor, perpetua o amor.
Alma expande pega fogo
intima o infinito.

Quando a vida enfim parte,
não guardar o corpo em
caixote de madeira fina
ornada em conforto.
Antes,
despir o orgânico de sintéticos,
soterrar a passividade mortal
para que encontre a atividade microviva;
devolva tudo o que supriu da terra,
ou,
faça de sangue-osso-carne pó.

A pessoa cosmos
poeira na frequência
onisciente universo.

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