Grande minhoca


Certas construções carregaram tantas coloridas pessoas em suas estruturas que, por si só, exalam nostalgia.
Caminhar num dia frio de maio quase fim, num prédio comprido pros lados, recheado de plantas floridas e molhadas, debaixo de um barulho contínuo de máquina trabalhando, sentir aroma de tempo pesando nos olhos de uma época que parece já ter passado por tudo o que o homem é capaz de criar, perceber que momentos distantes por décadas se embaralham enquanto os passos apressados deixam as portas e plantas para traz. Encostar com o rosto no vento frio que circula por cada individuo no estreito de concreto, levantando seus pelos e incorporando os espíritos à sua essência.

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